A segurança corporativa ganhou novos contornos nos últimos anos, especialmente com o crescimento das viagens a trabalho, dos deslocamentos para eventos e da atuação em ambientes externos. Neste cenário, o conceito de duty of care tornou-se essencial.
Mas afinal, o que significa esse termo e por que ele é fundamental para as empresas modernas? Ao longo deste artigo, vamos explicar em detalhes o que é duty of care, sua origem, relevância legal e como aplicá-lo de forma eficaz no ambiente empresarial.
Duty of Care: Entenda o Conceito
O termo duty of care refere-se ao dever legal e ético das empresas de proteger a integridade física e mental de seus colaboradores. No contexto corporativo, isso significa adotar medidas preventivas para garantir a segurança em todas as atividades profissionais, incluindo o ambiente de trabalho, viagens, deslocamentos e interações externas.
Essa responsabilidade vai além do cumprimento de normas legais. Trata-se de um compromisso com o bem-estar do colaborador, envolvendo planejamento, comunicação eficaz, uso de tecnologias e cultura organizacional.
Compreender essa definição é o primeiro passo para implementar estratégias que assegurem a segurança corporativa de forma consistente e integrada. Mas de onde surgiu esse conceito e como ele se integra à legislação atual? Confira no próximo tópico!
Dever Moral e Legal: De Onde Vem o Duty of Care
A origem do duty of care remonta ao direito comum anglo-saxão, onde empresas e indivíduos podiam ser responsabilizados por negligência se não adotassem medidas razoáveis de cuidado em relação a terceiros. No meio corporativo, essa obrigação evoluiu para abranger questões trabalhistas, segurança ocupacional e responsabilidade social.
Embora, no Brasil, o termo não esteja expresso na legislação, seu espírito está presente na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que impõe ao empregador o dever de garantir condições adequadas de trabalho. Além disso, normas regulamentadoras (NRs) e diretrizes da ISO 45001 reforçam a necessidade de gestão de riscos e saúde ocupacional.
Desta maneira, essa fundamentação jurídica dá suporte às empresas que buscam se proteger legalmente e, ao mesmo tempo, consolidar uma imagem de responsabilidade e respeito.
Além disso, a relevância legal do duty of care ganha ainda mais força quando observamos sua conexão direta com a segurança corporativa. É o que veremos no próximo tópico.
Protegendo Pessoas e Negócios
A aplicação efetiva do duty of care é um dos pilares da segurança corporativa. Ao garantir que os colaboradores estejam seguros, seja no escritório ou em campo, a empresa não apenas evita acidentes e passivos trabalhistas, mas também fortalece sua reputação, reduz rotatividade e melhora a produtividade.
Uma política bem estruturada de segurança, aliada ao cumprimento do dever de cuidado, permite que a empresa antecipe riscos, reaja a incidentes com agilidade e preste apoio rápido a seus profissionais.
Essa cultura organizacional de prevenção e resposta é especialmente importante quando se considera os riscos presentes em operações externas. A seguir, exploramos os principais desafios enfrentados em deslocamentos corporativos.
O Que Pode Dar Errado em Viagens a Trabalho
Sejam viagens corporativas ou deslocamentos para eventos, visitas técnicas ou reuniões com clientes, todas expõem os colaboradores a riscos diversos. Estes podem variar conforme o destino, o meio de transporte, as condições sanitárias e políticas locais.
Principais riscos envolvidos:
- Acidentes de trânsito;
- Problemas de saúde ou contaminação por doenças locais;
- Situações de violência urbana ou instabilidade política;
- Perda de documentos ou extravio de pertences;
- Desastres naturais.
Prever, planejar e agir diante desses cenários é essencial para preservar a vida e a integridade dos colaboradores. Por isso, no próximo tópico, apresentamos recomendações e boas práticas para que sua empresa esteja preparada.
Como Cumprir o Dever de Cuidado na Prática
Para colocar o duty of care em ação, é preciso implementar uma política clara de segurança corporativa, contemplando todos os aspectos da jornada do colaborador, especialmente em atividades externas.
Boas práticas essenciais:
- Avaliação de riscos: identificar e categorizar riscos por região e tipo de atividade;
- Capacitação: oferecer treinamentos sobre primeiros socorros, segurança pessoal, culturas locais;
- Políticas formais: estabelecer diretrizes sobre o que fazer em situações de emergência;
- Suporte médico e psicológico: garantir atendimento em caso de incidentes ou traumas;
- Canal de comunicação rápida: para que o colaborador acione suporte com facilidade.
Desta maneira, ao estabelecer essas ações, a empresa cria um ecossistema de segurança, que deve ser reforçado com o uso de tecnologias apropriadas, como veremos a seguir.
Tecnologia como Aliada na Proteção de Colaboradores
Soluções tecnológicas têm papel fundamental no cumprimento do duty of care. Elas permitem monitorar, reagir e proteger os colaboradores em tempo real, com agilidade e precisão. Veja agora algumas das principais ferramentas de apoio:
1. Sistemas de controle de acesso
Garantem que apenas pessoas autorizadas entrem em ambientes corporativos.
2. Monitoramento por câmeras e sensores
Aumentam a vigilância e previnem situações de risco.
3. Alertas e comunicados automatizados
Notificam o colaborador em caso de emergência, permitindo alterar rotas ou suspender atividades.
4. Rastreamento de colaboradores
Apps de localização em tempo real para equipes externas.
Essas soluções, quando integradas à rotina da empresa, proporcionam maior controle operacional e capacidade de resposta. Mas como elas funcionam na prática? Vejamos a seguir.
Quando a Teoria Vira Ação
Empresas de diversos setores já aplicam o duty of care de forma exemplar. Um exemplo comum está em grandes corporações que mantêm equipes em campo, como no setor de energia, engenharia e tecnologia.
Nesses casos, é comum o uso de:
- Protocolos de check-in/check-out via app
- Alertas geolocalizados em casos de emergência climática ou política
- Plataformas integradas de gestão de crises
Essas iniciativas reforçam a segurança e demonstram o compromisso da empresa com a vida de seus profissionais. O próximo passo é entender como a legislação trata esse dever.
O Que Dizem as Leis e Normas
A Consolidação das Leis do Trabalho, em seu artigo 157, impõe ao empregador a responsabilidade de instruir e proteger seus colaboradores. As Normas Regulamentadoras, como a NR-1 e NR-9, também exigem análise de riscos e ações preventivas.
Para além disso, no âmbito internacional, a ISO 45001 trata do Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional, enquanto a ISO 31000 aborda a gestão de riscos.
Por isso, estar em conformidade com essas normas é crucial para evitar sanções e processos judiciais, além de consolidar uma cultura de cuidado. Mas as vantagens vão muito além da segurança jurídica, como veremos a seguir.
Ganhos Tangíveis para a Empresa e para as Pessoas
Quando a empresa adota o duty of care, todos saem ganhando. Os colaboradores se sentem valorizados e seguros, o que reflete diretamente em maior engajamento e produtividade.
Entre os principais benefícios para empresas, podemos elencar:
- Redução de custos com afastamentos e acidentes
- Melhoria da reputação institucional
- Alinhamento com boas práticas ESG (Ambiental, Social e Governança)
- Retenção de talentos
Adotar uma política robusta de segurança corporativa baseada no duty of care, além de um diferencial competitivo, é um gesto de respeito humano.
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Como vimos, o duty of care é mais do que uma obrigação legal: é uma estratégia inteligente de gestão de riscos, que protege vidas, ativos e a reputação da empresa. Ele se manifesta na prática por meio de políticas claras, treinamentos, tecnologia e um compromisso contínuo com o bem-estar dos colaboradores.
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